Que saúde em Portugal?
Como se já
não bastasse aos portugueses as elevadas taxas de desemprego, os
baixos ordenados, o altíssimo custo de vida, entre outras facetas
da nossa vida quotidiana e a que não podemos fugir, ainda temos
de gramar com o 'bom sistema de saúde' que o nosso (des)Governo,
na figura do Sr ex-Ministro da Saúde, Correia de Campos, ousou
dizer.
Aquele senhor,
e os demais ministros, deputados, secretários e outras sanguessugas
que se dizem políticos (ahahah), deveriam ser obrigados a irem
para as filas de espera nos Centros de Saúde que ainda existem,
bem como nas filas dos hospitais estatais, não por uma vez mas
sim sempre que por necessidade de cuidados médicos (estou a falar
de democracia, o que alguns recusam aceitar), e aproveitarem para, estando
na pele do comum português, saberem apreciar este lado da vida.
Talvez com algumas
acções deste tipo o modo de governação mudasse
e, sobretudo, mudassem também certos comentários estúpidos
e hipócritas de quem nos governa.
Temos ultimamente
assistido a um proliferar de casos, também porque a comunicação
social está no momento mais alerta neste aspecto, com problemas
gravíssimos em que alguns acabam com vítimas mortais, fruto
da actual política de saúde.
Ainda compreendo
que certos hospitais deixem de ter serviços que até então
possuíam, mas acabarem com o serviço de urgências
em um qualquer hospital, palavra de honra, só um doido varrido!
Isto é demonstrativo da menor importância que têm pelas
pessoas, pois na maior parte dos casos o aglomerado populacional que determinado
hospital serve é elevado.
Num país
do século XXI (ou julgamos nós que o somos), vermos centros
de saúde a serem trocados por ambulâncias... quer-se dizer
não é? O Sr Ministro da Saúde bem que poderia continuar
com as tretas de político costumeiras que só enganaria quem,
por infelicidade, fosse demente.
E tudo isto porquê?
Não é só para baixar o défice, não,
existem também aquelas apostas que nós por aqui só
podemos fazer ao copinho de vinho ou à bujeca, mas que por aqueles
lados será mais do tipo 'Ota' ou 'Alcochete', 'TGV' e outras de
que só temos conhecimento quando se muda de governantes e se descobrem
carecas. Já para não mencionar a teimosia das pessoas envolvidas,
pois este deve ser o elenco governativo mais teimoso de que tenho memória,
para além de ser composto de uma elevada percentagem de surdos.
Para cúmulo,
chegou-se ao ponto de haver troca de acusações entre os
Bombeiros e o INEM.
Eu não quero
nem saber quem tem ou deixa de ter razão, o grave é vermos
de quem dependemos.
Veja-se o caso
que se passou recentemente em Castedo para percebermos como está
a saúde no nosso país.
E depois lembrem-se
do que disse o ex-Ministro Correia de Campos quando faleceu uma bebé.
E que mais continuaria
a dizer aquele senhor enquanto quem paga impostos para não ter
direito a sistema de saúde algum, pois o que existe funciona mal
e por isso não é um sistema mas sim um 'desenrasque' ou,
talvez até mais verídico, o 'salve-se quem puder'?
Agora, com a recente mudança no Ministério da Saúde, concretamente na figura do seu Ministro, resta-nos esperar e observar para ver se os ares mudam. Pessoalmente, não acredito.
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